Aline Alvarenga
2 min readJun 26, 2020

Reflexões de além-mar

“Mais que coragem para a fronteira,

coragem para o horizonte”

Essa foi a epígrafe da minha dissertação de mestrado. A frase foi escrita pelo Jay, meu melhor amigo dessa vida e de todas as outras também.

Nos conhecemos no ensino médio e foi amizade à primeira vista. O Jay veio transferido de uma outra escola, mas logo se enturmou. Éramos uma turma pequena, mas muito unida. Aliás, somos todos amigos até hoje — motivo pelo qual tenho muito orgulho.

O Jay sempre foi o cara mais culto da turma, tinha um vocabulário invejável e ainda sabia física. Era praticamente impossível acompanhar essa criatura. Enquanto eu ficava dividida entre os livros e o esporte, o Jay sempre teve certeza dos livros. Sempre.

Durante o recreio, compartilhamos sonhos, risadas e muitas dúvidas — eu mais do que ele. O Jay sempre teve muito certeza das coisas. Ele sabia o que queria ser e o que fazer, na maioria das vezes. Eu, aquariana que sou, estava sempre no mundo da lua, querendo ser e fazer tudo. Era uma confusão sem fim — ainda é.

Curioso eu ter me deparado com essa frase cinco anos depois — tempo que defendi o mestrado. Talvez essa frase seja um norte; um acalento. No contexto atual, me parece bem adequada.